Cirurgia Ortognática

Detalhes sobre a Cirurgia Ortognática

O que é a Cirurgia Ortognática:

A Cirurgia Ortognática é um segmento da Especialidade de Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial, que visa especificamente o tratamento das deformidades dento-faciais, possibilitando restabelecer a harmonia estética e funcional ideal para os pacientes que tiveram um desenvolvimento fora dos padrões anatômicos normais. Essas deformidades se originam principalmente por anomalias do crescimento ósseo, cujas causas dificilmente se esclarecem e podem ser consideradas congênitas. As desarmonias faciais promovem um desarranjo de proporções estéticas e funcionais aos pacientes por elas acometidos, podendo inclusive ocasionar maiores danos à saúde dos mesmos. O objetivo do tratamento é corrigir as bases ósseas, melhorar a estética facial e as funções mastigatória, fonoaudiológica e respiratória. Os sinais das alterações dento-faciais têm o seu início a partir da adolescência, sendo fundamental a orientação do Cirurgião Dentista no esclarecimento do tratamento adequado nesses casos. Em determinadas situações, faz-se necessária também uma interação multidisciplinar com a Fonoaudiologia, Psicologia, dentre outras especialidades que se demonstrarem convenientes. Recentemente, devido à incorporação de novas tecnologias disponíveis para o tratamento ortodôntico e o cirúrgico, permitiu-se uma nova técnica que foi desenvolvida para diminuir o tempo total do tratamento e também de custos dos procedimentos, denominada “ Cirurgia com Benefício Antecipado”. Entretanto, apenas alguns pacientes podem ser favorecidos com essa modalidade técnica no momento.

Quando é indicada essa cirurgia?

O tratamento para a correção dessas alterações é propiciado por um procedimento denominado Ortodôntico-Cirúrgico, sendo indicado para pacientes com desarmonias dento-esqueléticas, ou seja, quando não existe somente uma alteração dos posicionamentos dentários, mas sim dos relacionamentos ósseos também. Nesses casos as soluções não podem ser alcançadas apenas pelos aparelhos ortodônticos, mas por um tratamento integrado Ortodôntico-Cirúrgico. Várias situações clínicas são evidenciadas com a necessidade do procedimento cirúrgico, como o prognatismo ou o retrognatismo mandibular; alterações do crescimento maxilar resultando em um aumento ou diminuição da sua projeção; aumento vertical maxilar; sorriso gengival; mordidas abertas; discrepâncias de relacionamento maxilo-mandibular; e as assimetrias faciais. Hoje se sabe que as desarmonias faciais, podem ser responsáveis também por alterações do padrão respiratório normal, ocasionando inclusive a Síndrome da Apnéia e Hipopnéia Obstrutiva do Sono – SAHOS (síndrome caracterizada por paradas respiratórias durante o sono), tornando o indivíduo susceptível à diversos distúrbios sistêmicos com sérios comprometimentos para a sua saúde.

Como é realizado o diagnóstico?

A indicação da necessidade e o planejamento do tratamento são obtidos pela avaliação clínica do padrão facial, pela observação de exames imaginológicos (radiografias, tomografia, fibroscopia, polissonografia) e análises cefalométricas (medidas da face e do crânio). Esse estudo é realizado por uma integração entre o Ortodontista e o Cirurgião, determinando e individualizando um plano de tratamento para cada caso clínico, e procurar ainda atender aos anseios dos pacientes.

Qual é a sequência do tratamento?

Após a formulação do diagnóstico e do plano de tratamento Ortodôntico-Cirúrgico inicia-se a instalação do aparelho fixo, que servirá para o realinhamento dos dentes de forma que permita o posicionamento em oclusão com uma adequada relação maxilo-mandibular durante a cirurgia, possibilitando consequentemente um ideal restabelecimento estético e funcional. O tempo de preparação depende dos posicionamentos dentários e das movimentações que deverão ser realizadas pelos aparelhos ortodônticos, que pode ser em média de 8 meses a 1 ano, até a execução do procedimento cirúrgico. Dependendo do tipo de deformidade dento-facial que o paciente apresentar, pode ser necessário algum procedimento cirúrgico prévio à cirurgia ortognática, que visa facilitar, bem como diminuir o tempo do tratamento. Esses procedimentos cirúrgicos são as expansões maxilares, remoções de dentes retidos (principalmente os dentes do siso), adaptação de tecidos moles (remoção de freios labial e lingual). É importante saber que os aparelhos ortodônticos estarão presentes durante todo o tratamento, inclusive após a cirurgia ortognática, para que se tenha um refinamento da oclusão dentária. Durante todas as fases do tratamento o paciente deve ser acompanhado pelo Ortodontista e pelo Cirurgião.

Como é efetuada a cirurgia?

A Cirurgia Ortognática é realizada em ambiente hospitalar com o paciente sob anestesia geral, e a duração aproximada do procedimento é de 4 horas. O paciente deverá ficar internado por um período médio de 48 horas, quando receberá a alta hospitalar. Nesse tempo, estará recebendo suporte medicamentoso e cuidados necessários para uma recuperação tranquila após o procedimento cirúrgico. O tempo de recuperação é variável, e vai depender principalmente da extensão do procedimento que for realizado, chegando a um período aproximado entre 10 a 15 dias para o retorno às atividades normais (profissional; estudantil; social; desportiva = com restrições), e de aproximadamente 45 a 60 dias para o restabelecimento completo pós-operatório. Nesse período o paciente será orientado quanto à conduta, principalmente a determinados esforços (da mastigação e da fala).

O que mais é importante saber sobre a cirurgia?

Os Convênios Médicos são legalmente responsáveis pela cobertura de todos os exames complementares para o diagnóstico e o pré-operatório, bem como, dependendo da abrangência do plano de saúde contratado, existirão as opções das instalações hospitalares e o anestesiologista. Todos os custos referentes à internação, bem como, os materiais pertinentes ao procedimento cirúrgico e os medicamentos são de cobertura obrigatória pelos Convênios Médicos. O Cirurgião deverá orientar sobre a documentação necessária para a realização da cirurgia. É imprescindível saber que essa cirurgia não é exclusivamente estética, mas existe também um caráter funcional. Entretanto, mesmo nos casos onde a estética tenha uma implicação primordial, esta condição poderá ser precursora de um desequilíbrio emocional (diminuição da autoestima, depressão, ansiedade), promovendo repercussões na saúde sistêmica do indivíduo. O Cirurgião Dentista é o profissional mais definido para a realização desse tratamento, principalmente pelos conceitos de oclusão e a fisiologia das Articulações Temporo-Mandibulares, procedentes da sua formação profissional-acadêmica. É essencial que se estabeleça uma relação de confiança entre o paciente e os profissionais envolvidos no tratamento, em benefício de um resultado favorável.

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